sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

Olá então como vais?


-Ela saiu, não sorriu, mal me olhou, mas deixou ficar
O nosso amor pelo chão para eu arrumar
Deixou a dor a correr e a saudade na nossa mesa
Deixou o amor por fazer e a tristeza no ar

-Quando ela entrou, e sorriu-me, e olhou-me, não deixou ficar
O nosso amor pelo chão para eu arrumar
Pôs a ternura a aquecer toda a noite à lareira
Pôs o amor a correr e a alegria no ar, para eu cantar:


-Olá! Tu por aqui?
-Olá... então como vais?
 -Tudo vai bem?
 -Olha, tudo vai mal para mim.
 -Mas tudo vai mal porquê?

 -Foi um amor que eu perdi,
Ela partiu, eu fiquei...
Se a encontrares, diz-lhe que eu estou por aqui
-Se a encontrar, direi.


-Ela saiu, não sorriu, mal me olhou, mas deixou ficar
O nosso amor pelo chão para eu arrumar
Deixou a dor a correr e a saudade na nossa mesa
Deixou o amor por fazer e a tristeza no ar


-Ela voltou, e sorriu-me, e olhou-me, e não quis deixar
O nosso amor pelo chão para eu arrumar
Pôs a ternura a aquecer toda a noite à lareira
Pôs o amor a correr e a alegria no ar, para eu cantar:


-Olá! Tu por aqui?
-Olá, então como vais?
-Tudo vai bem?


-Não, tudo vai mal para mim...
-Mas tudo vai mal porquê?
-Foi um amor que eu perdi, Ela partiu, eu fiquei...
Se a encontrares, diz-lhe que eu estou por aqui

-Se a encontrar, direi.


Autor: Tozé Brito


terça-feira, 6 de novembro de 2018

Tocando em frente


Ando devagar
Porque já tive pressa
E levo esse sorriso
Porque já chorei demais
 
Hoje me sinto mais forte
Mais feliz, quem sabe
Só levo a certeza
De que muito pouco sei
Ou nada sei
 
Conhecer as manhas E as manhãs
O sabor das massas E das maçãs
É preciso amor Pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir
 
Penso que cumprir a vida
Seja simplesmente
Compreender a marcha
E ir tocando em frente
 
Como um velho boiadeiro
Levando a boiada
Eu vou tocando os dias
Pela longa estrada, eu vou
Estrada eu sou
 
Conhecer as manhas E as manhãs
O sabor das massas E das maçãs
É preciso amor Pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir
 
Todo mundo ama um dia
Todo mundo chora
Um dia a gente chega
E no outro vai embora
 
 
 
 
 

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Balada do desajeitado

Eu não sei o que é que te hei de dar
Nem te sei inventar frases bonitas
Mas aprendi uma ontem, só que já me esqueci
Então, olha, só te quero a ti

Sei de alguém, por demais envergonhado
Que por ser desajeitado, nunca foi capaz de falar
Só que hoje vê o tempo que perdeu
Sabes que esse alguém sou eu e agora vou te contar

Sabes lá o que é que eu tenho passado
Estou sempre a fazer-te sinais, tu não me tens ligado
E aqui estou eu a ver o tempo passar
A ver se chega o tempo, o tempo de te falar

Eu não sei o que é que te hei de dar
Nem te sei inventar frases bonitas
Mas aprendi uma ontem, só que já me esqueci
Então, olha, só te quero a ti

Podes crer, que à noite o sono é ligeiro
Fico à espera o dia inteiro para poder desabafar
Mas como sempre chega a hora da verdade
E falta-me à vontade, acabo por me calar

Falta-me o jeito, ponho-me a escrever e rasgo
Cada vez a tremer mais e às vezes até me engasgo
Nada a fazer, e é por isso que eu te conto
Que é tarde para não dizer
Digo como sei e pronto


D.A.M.A.

sábado, 20 de maio de 2017

Raínha sem coroa




Às vezes dou por mim meio perdido
Vejo que não estás comigo
Sinto-me tão sem abrigo
Pensamento é vazio
Na espinha um arrepio
É contigo que eu agasalho o meu frio
 

Sei, que este amor está condenado
Pois tramado é o passado e não perdoa
Mesmo, que não volte a encontrar-te
Hás-de ser sempre a minha rainha sem coroa


Lembro-me dos momentos
Daqueles primeiros tempos
Onde fomos sobrepondo sentimentos
Foi tudo à flor da pele
Agitação do fel ao mel
Foi levantar e acordar no teu bocel
 

Foi, ver a vida em outra escala
De tanto não querer deixá-la abandonou-me
E, só me resta recordá-la
E seguir em frente lembrando o teu nome


Queria, estar contigo mas o tempo não te deixa
Ficar comigo, gosto tanto de te ter
No meu sentido, nunca eu te quis perder
Fica comigo


Bezegol

E depois do Adeus



Quis saber quem sou O que faço aqui
Quem me abandonou De quem me esqueci
Perguntei por mim Quis saber de nós
Mas o mar Não me traz Tua voz

Em silêncio, amor Em tristeza e fim
Eu te sinto, em flor Eu te sofro, em mim
Eu te lembro, assim Partir é morrer
Como amar É ganhar  E perder

Tu vieste em flor Eu te desfolhei
Tu te deste em amor Eu nada te dei
Em teu corpo, amor Eu adormeci
Morri nele E ao morrer Renasci

E depois do amor E depois de nós
O dizer adeus O ficarmos sós
Teu lugar a mais Tua ausência em mim
Tua paz Que perdi

Minha dor Que aprendi
De novo vieste em flor Te desfolhei
E depois do amor E depois de nós
O adeus O ficarmos sós

Paulo de Carvalho

domingo, 14 de maio de 2017

Amar pelos dois

 
Se um dia alguém perguntar por mim
Diz que vivi para te amar
Antes de ti, só existi
Cansado e sem nada para dar


Meu bem, ouve as minhas preces
Peço que regresses, que me voltes a querer
Eu sei que não se ama sozinho
Talvez, devagarinho, possas voltar a aprender


Meu bem, ouve as minhas preces
Peço que regresses, que me voltes a querer
Eu sei que não se ama sozinho
Talvez, devagarinho, possas voltar a aprender


Se o teu coração não quiser ceder
Não sentir paixão, não quiser sofrer
Sem fazer planos do que virá depois
O meu coração pode amar pelos dois


« Luísa Sobral »


sexta-feira, 18 de março de 2016

O pica do 7


De manhã cedinho
Eu salto do ninho e vou p'rá paragem
De bandolete, à espera do sete
Mas não pela viagem
Eu bem que não queria
Mas um certo dia, vi-o passar
E o meu peito céptico
Por um pica de eléctrico voltou a sonhar

A cada repique
Que salta do clique da aquele alicate
De um modo frenético
O peito é céptico toca a rebate
Se o trem descarrila
O povo refila e eu fico no sino
Pois um mero trajecto
No meu caso concreto, é já o destino

Ninguém acredita no estado em que fica o meu coração
Quando o sete me apanha
Até acho que a senha me salta da mão
Pois na carreira desta vida vã
Mais nada me dá a pica que o pica do sete me dá

Que triste fadário
E que itinerário tão infeliz
Traçar meu horário
Com o de um funcionário de um trem da carris
Se eu lhe perguntasse
Se tem livre passe para o peito de alguém
Vá-se lá saber
Talvez eu lhe oblitere o peito também

Ninguém acredita no estado em que fica o meu coração
Quando o sete me apanha
Até acho que a senha me salta da mão
Pois na carreira desta vida vã
Mais nada me dá a pica que o pica do sete me dá


Autor: Miguel Araujo

Bonita



Primeiro foram as mãos que me disseram
que ali havia gente de verdade
depois fugi-te pelo corpo acima
medi-te na boca a intensidade
senti que ali dentro havia um tigre
naquele repouso havia movimento
olhei-te e no sol havia pedras
parámos ambos como se parasse o tempo
parámos ambos como se parasse o tempo

é tão dificil encontrar pessoas assim bonitas
é tão dificil encontrar pessoas assim bonitas

atrevi-me a mergulhar nos teus cabelos
respirando o espanto que me deras
ali havia força havia fogo
havia a memória que aprenderas
senti no corpo todo um arrepio
senti nas veias um fogo esquecido
percebemos num minuto a vida toda
sem nada te dizer ficaste ali comigo
sem nada te dizer ficaste ali comigo

é tão dificil encontrar pessoas assim bonitas
é tão dificil encontrar pessoas assim bonitas

falavas de projectos e futuro
de coisas banais frivolidades
mas quando me sorriste parou tudo
problemas do mundo enormidades
senti que um rio parava e o nevoeiro
vestia nos teus dedos capa e espada
queria tanto que um olhar bastasse
e não fosse no fundo preciso
queria tanto que um olhar bastasse
e não fosse preciso dizer nada

é tão dificil encontrar pessoas assim bonitas
é tão dificil encontrar pessoas assim pessoas


Pedro Barroso

segunda-feira, 14 de março de 2016

Flagrante

Bem te avisei, meu amor
Que não podia dar certo
E que era coisa de evitar

Como eu, devias supor
Que, com gente ali tão perto,
Alguém fosse reparar
Mas não!
Fizeste beicinho e,
Como numa promessa,
Ficaste nua p'ra mim

Pedaço de mau caminho
Onde é que eu tinha a cabeça
Quando te disse que sim?

Embora tenhas jurado
Discreta permanecer
Já que não estávamos sós

Ouvindo na sala ao lado
Teus gemidos de prazer
Vieram saber de nós

Nem dei pelo que aconteceu
Mas mais veloz e mais esperta
Só te viram de raspão

A vergonha passei-a eu
Diante da porta aberta
Estava de calças na mão

Autor: Antonio Zambujo

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Lisboa de Feira



HÁ NESTA LISBOA UM MODO DE ESTAR
HÁ NESTA LISBOA UM CANTAR Á TOA QUE PEDE P`RA AMAR
CÁ NESTA CIDADE, JUNTO AO ROSMANINHO
HÁ UM VERSO A RIMAR NUM MODO DE FALAAR QUE NUNCA É SOZINHO

HÁ NESTA LISBOA, UM MODO DE OLHAR
ÁS VEZES MALHOA MALUDA PINTORA DE UM GRANDE POMAR
CÁ NESTA CIDADE DO NOVO E DO VELHO
HÁ UM RISCO A CORRER ESSE MODO DE VER QUE É A LUZ DO BOTELHO

HÁ NESTA LISBOA UM MODO DE ESCRITA
QUE É UM GRANDE LIVRO DO ENORME POVO QUE NELA HABITA
CÁ NESTA CIDADE, POR MAIS QUE NOS DOA
EXISTE UM MISTÉRIO DO QUE FOI IMPÉRIO DE QUEM É PESSOA…

CÁ NESTA CIDADE, EM QUALQUER CAMINHO
HÁ UM CANTO AO FADO QUE FAZ LEMBRAR ÁGUA
QUE FAZ LEMBRAR VINHO

HÁ NESTA LISBOA UM MODO DE RIR
DE QUALQUER SOLNADO QUE ENSINOU A TANTOS, TU PODES SEGUIR
CÁ NESTA CIDADE COM O TEJO Á BEIRA
HÁ UM MODO DE ESTAR HÁ UM MODO DE ANDAR, HÁ UM MODO DE FEIRA

HÁ NESTA LISBOA, P`RA SER VERADEIRO
UM MODO IGUAL AO NOME CAPITAL QUE É PORTUGAL INTEIRO
CÁ NESTA CIDADE Á NOSSA MANEIRA
HÁ UM MODO DE OLHAR COM MANEIRAS DE MAR
BEIRA RIO … BEIRA FEIRA


Canta: Fernando Tordo

domingo, 9 de maio de 2010

Manel das Cebolas - Beirolas


DEU-SE PERTO DE BEIROLAS
UM GRANDE ACONTECIMENTO
FOI O MANEL DAS CEBOLAS
QUE ESTREOU UMAS CEROULAS NO DIA DO CASAMENTO

NUNCA USARA TAL GRACINHA
E Á MESA DE REPENTE
DISSE VIRADO P`RA QUERIDINHA
VOU FAZER UMA COISINHA QUE NINGUEM FAZ POR A GENTE

E JÁ UM POUCO BORRACHO
O BOM MANEL DAS CEBOLAS
MESMO A BEIRA DUM RIACHO
DEITOU AS CALÇAS A BAIXO SEM SE LEMBRAR DAS CEROULAS

DE PUXAR ESTAVA CANSADO
E OLHOU P`RA TRAS ENTÃO
FICOU MUITO ADMIRADO
PORQUE TINHA DESPACHADO E NÃO VIU NADA NO CHÃO

A NOIVA POR SUA VEZ
VAI ENCONTRÁ-LO PORÉM
ELA TEIMA QUE ELE NÃO FEZ
MAS O MANEL BATENDO OS PÉS DIZ QUE FEZ E MUITO BEM

LÁ FORAM A DISCUTIR
COMO ERA EM CASOS TAIS
E NA SALA DE JANTAR QUANDO SE FOI A SENTAR
ACHOU QUALQUER COISA A MAIS

COM GRANDE SOFREGUIDÃO
METE A MÃO NA CALÇA E DIZ
EU SEMPRE TINHA RAZÃO
REPAREM NA MINHA MÃO E VEJAM SE EU FIZ OU NÃO FIZ


Cantam: QUIM da ROSA


quarta-feira, 21 de abril de 2010

O viajante










Eu tinha tanta fome de ir embora,
Pra ver a vida como a vida era,
Pra aquele teu conselho eu nao liguei,
Agora eu vejo o quanto me enganei

Manda-me um bilhete de regresso ou venha me buscar nao ando bem.
Pensei que abandonar-te era progresso...oh oh oh
Mas sem o teu amor não sou ninguém.

Peguei a minha herança e fui embora
De todos os manjares eu provei
Não houve nada que eu não fiz lá fora
Mas nem por isso eu me realizei

Dinheiro, amores, drogras, malandragem
Eu tinha tudo isso e muito mais
Gastei a minha herança na viagem
Comprei a vida mas não tenho paz

Eu vi a vida como a vida era,
E vi que a vida às vezes dói demais,
Viver sem teu amor é uma quimera
Eu volto a ser teu filho pra ter paz

Aos poucos eu ensaio aquele abraço
Que um filho arrependido dá no pai
Na hora em que eu voltar ao teu regaço
Te juro que eu não saio nunca mais

Padre Zezinho

video com musica:
www.youtube.com/watch?v=KePlBnXS05A

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Impele a tua própria canoa

Não deixes cair teus olhos,
Não te deixes enganar,
Olha de frente os escolhos,
Olha podes encalhar.

É urgente estar atento,
Ver para onde corre a maré,
Ver de onde sopra o vento,
Não vás tu perder o pé.

B.P. é quem to diz, oh oh,
Impele a tua própria canoa.
Se queres mesmo ser feliz,
Não te deixes ir à toa,
Impele a tua própria canoa,
Impele a tua própria canoa.

A vida não é um deserto
Não queiras ficar no cais
Lenço rubro é rumo certo
Decide tu aonde vais
Não queiras ficar no cais


grupo: Rumos

video com a musica :
www.youtube.com/watch?v=OfO1HEwk1Ds

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Hino 75º.aniv. CNE Ronfe


Setenta e cinco anos vividos
Coroados de alegria
Por aqui tantos passamos
Na mais perfeita harmonia
Somos irmãos e amigos
A dar as mãos que é sinal
De amizade e partilha
servir é lema, é ideal

E a cantar vamos dizer
Parabéns Ronfe viva o C.N.E
Lobito ou Chefe sempre a crescer
E a partilhar, assim é que é
Estamos em festa e a cantar
Escutas de Ronfe renovam valores
Vamos em frente, marchar marchar
Dos corações brotam louvores

Escuteiros de trinta e cinco
Fundadores do Agrupamento
Estejam em paz e descanso
No eterno acampamento
E nós todos os presentes
Antigos e actuais
Todos iguais e diferentes
Seremos mais sempre mais

terça-feira, 4 de agosto de 2009

canção da chuva

Por essa chuva a cair lá fora
Por essa luz que já enche o ar
Por essa noite que se demora
E não quer passar

Por essa voz a chamar no escuro
Pela canção que vem do mar
Pelas palavras que não procuro
Nem quero achar

Por quem se aproxima sem ruído
De mansinho
E deixa ao passar

No ar um silêncio, nos sentidos
Como um vinho
Que me faz lembrar
Antigos cantos proíbidos
De se cantar

Por quem, no meu corpo
Os mistérios
Mais escondidos
Teima em acordar
Há teima em acordar

Por esses dias que me fugiram
Por entre os dedos sem se deter
Como essa chuva a cair na rua sombria e nua
Sem eu saber

Talvez só por estarmos sós
Esta noite em nós
Insista em nos levar, p'lo ar, p'lo ar
P'lo ar...


Adelaide Ferreira

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Búzios



Havia a solidão da pressa no olhar triste
Como se os seus olhos fossem as portas de preto
Sinal da cruz que persiste, os dedos contra o quebranto
E os búzios que a velha lançava sobre um velho manto

Há espreita está um grande amor mas guarda segredo
Vazio tens o teu coração na ponta do medo
Vê como os búzios caíram virados p’ra norte
Pois eu vou mexer no destino, vou mudar-te a sorte

Havia um desespero intenso na sua voz
O quarto cheirava a incenso, mais uns quantos pós
A velha agitava o lenço, dobrou-o, deu-lhe 2 nós
E o seu padre santo falou usando-lhe a voz

Há espreita está um grande amor mas guarda segredo
Vazio tens o teu coração na ponta do medo
Vê como os búzios caíram virados p’ra norte
Pois eu vou mexer no destino, vou mudar-te a sorte

Há espreita está um grande amor mas guarda segredo
Vazio tens o teu coração na ponta do medo
Vê como os búzios caíram virados p’ra norte
Pois eu vou mexer no destino, vou mudar-te a sorte!


Ana Moura

terça-feira, 30 de junho de 2009

quando te falei em amor



Quando os meus olhos te tocaram
Eu sei que encontrara
A outra metade de mim
Tive medo de acordar
Como se vivesse um sonho
Que não pensei em realizar
E a força do desejo
Faz me chegar perto de ti
Quando eu te falei em amor
Tu sorriste para mim
E O mundo ficou bem melhor
Quando eu te falei em amor
Nos sentimos os dois
Que o amanha vem depois
E não no fim

Estas linhas que hoje escrevo
São do livro da memória
Do que eu sinto por ti
E tudo o que tu me das
É parte da história que eu ainda não vivi

E a força do desejo
Faz me chegar de ti
Quando eu te falei em amor
Tu sorriste para mim
E o mundo ficou bem melhor
Quando eu te falei em amor
Nos sentimos os dois
Que o amanha vem depois e não no fim


Cantor: André Sardet

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Fado Menor



Os teus olhos são dois círios
Dando luz triste ao meu rosto
Os teus olhos são dois círios
Dando luz triste ao meu rosto
Marcado pelos martírios
Da saudade e do desgosto.
Marcado pelos martírios
Da saudade e do desgosto.

Quando oiço bater trindades
E a tarde já vai no fim
Quando oiço bater trindades
E a tarde já vai no fim
Eu peço às tuas saudades
Um padre nosso por mim.
Eu peço às tuas saudades
Um padre nosso por mim.

Mas não sabes fazer preces
Não tens saudades nem pranto
Mas não sabes fazer preces
Não tens saudades nem pranto
Por que é que tu me aborreces
Por que é que eu te quero tanto?
Por que é que tu me aborreces
Por que é que eu te quero tanto?

És para meu desespero
Como as nuvens que andam altas
És para meu desespero
Como as nuvens que andam altas
Todos os dias te espero
Todos os dias me faltas.
Todos os dias te espero
Todos os dias me faltas.


Ana Moura

sábado, 23 de maio de 2009

Eu dava tudo para te ter aqui


sim, é por amor
que eu me dou sempre mais
quando me olhas nos olhos
como quem chama por mim

sim, é por amor
que eu me dou sem pensar
na tua doce loucura de procurar a paixão

ah, quero sempre mais
ah, quero sempre mais

mas tu nem sempre vens
outra paixão talvez
eu sei esperar e entender
mas dói demais

eu dava tudo para te ter aqui
ao pé de mim outra vez
eu dava tudo para te ter aqui
ao pé de mim outra vez

sim, é por amor
que eu não sei dizer que não
quando me olhas nos olhos
como quem chama por mim

ah, quero sempre mais
ah, quero sempre mais

nem um sinal de ti
à noite perco-me por aí
finjo amar pensando em ti
mas dói demais

eu dava tudo para te ter aqui
ao pé de mim outra vez
eu dava tudo para te ter aqui
ao pé de mim outra vez


Adelaide Ferreira