segunda-feira, 4 de junho de 2007

perdidamente


Ser poeta é ser mais alto
é ser maior do que os homens
morder como quem beija
é ser mendigo e dar como quem seja
rei do reino d`aquém e d`alem dor

é ter de mil desejos o esplendor
e não saber sequer que se deseja
é ter cá dentro um astro que flameja
é ter garras e asas de condor

é ter fome é ter sede de infinito
por elmo as manhãs de oiro e de cetim
é condensar o mundo num só grito

e é amar-te assim perdidamente
e é seres alma e sangue e vida em mim
e dizê-lo cantando a toda a gente

Poema: Florbela Espanca
Música: Trovante



7 comentários:

Cecilia M disse...
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Menina do Rio disse...
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Ana disse...
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Dhyana disse...
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suruka disse...
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Verena Sánchez Doering disse...
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suruka disse...
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