canoas do tejo

CANOA DE VELA ERGUIDA QUE VENS DO CAIS DA RIBEIRA

GAIVOTA QUE ANDA PERDIDA SEM ENCONTRAR COMPANHEIRA

O VENTO SOPRA NAS FRAGAS O SOL PARECE UM MORANGO

E O TEJO BAILA COM AS VAGAS A ENSAIAR UM FANDANGO



CANOAS CONHECES BEM QUANDO HÁ NORTE PELA PROA

QUANTAS DOCAS TEM LISBOA E AS MURALHAS QUE ELA TEM

CANOA POR ONDE VAIS SE ALGUM BARCO DE ABALROA

NUNCA MAIS VOLTAS AO CAIS NUNCA NUNCA NUNCA MAIS



CANOAS DE VELA PANDA QUE VENS DA BOCA DA BARRA

E TRAZES NA ARAGEM BRANDA GEMIDOS DUMA GUITARRA

TEU ARRAIS PRENDEU A VELA E SE ADORMECER DEIXA-LO

AGORA MUITA CAUTELA NÃO VÁ O MAR ACORDÁ-LO

Autor: Carlos do Carmo