terça-feira, 4 de setembro de 2007

encosta-te a mim


Encosta-te a mim,
nós já vivemos cem mil anos
encosta-te a mim,
talvez eu esteja a exagerar
encosta-te a mim,
dá cabo dos teus desenganos
não queiras ver quem eu não sou,
deixa-me chegar
Chegado da guerra,
fiz tudo para sobreviverem nome da terra,
no fundo para te merecer
recebe-me bem, não desencantes os meus passos
faz de mim o teu herói, não quero adormecer
Tudo o que vi estou a partilhar contigo
o que não vivi, hei-de inventar contigo
sei que não sei às vezes entender o teu olhar
mas quero-te bem
encosta-te a mim
Encosta-te a mim, desatinámos tantas vezes
vizinha de mim, deixa-me ser o teu quintal
recebe esta pomba que não está armadilhada
foi comprada, foi roubada, seja como for
Eu venho do nada porque arrasei o que não quis
em nome da estrada onde só quero ser feliz
enrosca-te a mim, vai desarmar a flor queimada
vai beijar o homem-bomba, quero adormecer
Tudo o que eu vi estou a partilhar contigo
o que não vivi, hei-de inventar contigo
sei que não sei às vezes entender o teu olhar
mas quero-te bem
encosta-te a mim, quero-te bem.



Jorge Palma

4 comentários:

Verena Sánchez Doering disse...
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Anônimo disse...
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Divinius disse...
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MIMO-TE disse...
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