quinta-feira, 16 de outubro de 2008

ai caramba


Veio da costa
Com o sorrir de quem chegava cedo
Trazia histórias De baleias, de marés e medo
E aquela gente
Que nunca tinha visto o mar contado

Ouvia tudo
Como segredo que é revelado
E a filha do carpinteiro
Que era como uma sereia

Tão boa como água mansa
Fêmea como a lua cheia
De crescer água na boca
De sonhar a noite inteira
Ponham-me a pensar sozinho
Que ainda a deitava na areia

Ai caramba!

Aquilo é que havia de ser caramba

Palavra de honra

Só me arrependia do que não fizesse

Ai se eu pudesse catraia

Levava-te a navegar

O teu lenço, a tua saia

Deitava os dois ao mar

E era o que Deus quisesse,

Ai catraia se eu pudesse...
Raio de moça
Que já me põe a falar sozinho
Ainda hei-de um dia

Aparecer-lhe à curva do caminho

Pode a nascente

Se levantar lá das terras da sorte

Hei-de dizer-lhe

Que é mais bravia que o vento norte
E um dia de manhazinha

O pescador perdeu o medo

Foi bater-lhe à porta e disse

Quero contar-te um segredo

E ela pior que as marés

Deu-lhe a resposta despachada

Vai mas é de volta ao mar
Que tu daqui não levas nada
Ai se eu pudesse...

Ai caramba

Aquilo é que havia de ser caramba

Palavra de honra

Só me arrependia do que não fizesse

Ai caramba!
Aquilo é que havia de ser caramba

Palavra de honra

Só me arrependia do que não fizesse

Ai se eu pudesse catraia

Levava-te a navegar
O teu lenço, a tua saia

Deitava os dois ao mar

E era o que Deus quisesse,

E era o que Deus quisesse,

Ai catraia se eu pudesse...

banda QUADRILHA

2 comentários:

vieira calado disse...
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Unknown disse...
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